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NOME DO PRODUTO:
NOME EM INGLÊS:
Sinonimia:
BENZENO-1,3-DIOL; 1,3-DIHIDROXIBENZENO; m-BENZENODIOL; 1,3-BENZENODIOL; DIHIDROXIBENZOL; RESORCINE; m-DIHYDROXYBENZENE; 1,3-DIHYDROXYBENZENE; 3-HYDROXYPHENOL; m-HYDROQUINONE; m-BENZENEDIOL; C.I. 76505;
Código da ONU
Código CAS
Código NIOSH
COMPOSIÇÃO DO PRODUTO:
C6H6O2
DESCRIÇÃO DO PRODUTO:
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:
Peso molecular: 110,11Dalton pH: 4-6 100g/L Pressão de vapor: 1mmHg a 108,4ºC. Aparência: Sólido, de incolor a branco Odor: Sufocante Ponto de ebulição (760mmHg): 277°C. Ponto de Fusão: 110,7°C. Temperatura de ignição: 607,7°C. Ponto de fulgor: Não pertinente. Sólido combustível. Solubilidade em água: 60,1g/100ml de água a 25°c. Pressão crítica: Não pertinente Densidade relativa do sólido: 1,2 a 20°C. Pressão de vapor: 1mmHg a 108,4ºC. Reatividade química com água: Não reage. Polimerização: Não polimeriza. LIMITES DE EXPOSIÇÃO TLV (TWA) – 10ppm TLV (STEL) – 20ppm EUA OEL (TWA) – 10ppm (45mg/mm3)
Classificação NFPA
0= Minimo
1= Leve
2= Moderado
3= Serio
4= Severo
Saúde:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Inflamabilidade:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Reatividade:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Riscos Especiais:
INFORMAÇÕES GERAIS:
o Utilizado como anti-séptico e desinfetante. o Na concentração entre 5 a 10% pode ser utilizado como pomada para tratamento de dermatoses como psoríase e doença eczematosa. o É presente em incontáveis tratamentos contra acne na concentração de 2% ou menos. o A solução aquosa fraca de resorcinol pode ser utilizada para tratamento do prurido do eczema eritematoso. o Possui ação anticaspa . o Em dosagem de 125 a 250 mg em comprimidos, pode ser utilizado como tratamento de úlcera péptica, além de ter ação analgésica e hemostática na terapêutica. o Em doses elevadas atua como veneno, causando surdez, hipersialorréia, tontura, sudorese metahemoglobinemia, hemólise e crise convulsiva. o É utilizado como químico intermediário na síntese de produtos farmacêuticos e outros compostos orgânicos. o Usado na produção de absorventes de radiação ultra violeta em resinas. o Também é um reagente analítico utilizado para determinação qualitativa de Cetose. o Reage com o formaldeído para formação de resina que serve de base para o aerogel.
VIAS DE EXPOSIÇÃO:
Inalação o Irritante o Cáustico o Absorvido, gerando sintomas sistêmicos Pele o Irritante o Corrosivo o Absorvido, gerando sintomas sistêmicos Oftálmica o Irritante o Corrosivo Ingestão o Irritante o Corrosivo o Absorvido, gerando sintomas sistêmicos
EFEITOS PARA A SAUDE:
Exposição Aguda Altamente corrosivo para pele e mucosas. Quando a exposição ocorre por via inalatória ou digestiva, pode ocorrer quadro sistêmico, principalmente metahemoglobinamia. A metahemoglobinemia pode se desenvolver de forma bastante insidiosa e os sintomas podem ser retardados por horas. A produção da metahemoglobinemia pode continuar por mais de 20 horas após a exposição. A metahemoglobinemia pode ser responsável por uma sintomatologia bastante rica: o Cianose o Cefaléia o Tontura o Fraqueza o Letargia o Fotofobia o Distúrbios visuais o Reflexo pupilar lentificado o Zumbido no ouvido o Alteração na fala o Anorexia o Náuseas o Dor tipo cólica o Mialgia o Tontura o Parestesias o Tremores o Convulsões o Arritmias o Bloqueios átrio ventriculares o Bloqueios de ramo o Disúria o Hemoglobinúria o Metahemoglobinúria o Hematúria o Oligúria o Insuficiência renal o Perda da coordenação motora o Dispnéia o Coma o Óbito Pode ocorrer crise hemolítica 2 a 7 dias após o quadro de metahemoglobinemia, afetando principalmente o coração, fígado e rins. As crianças e os idosos podem ser mais susceptíveis pelas características peculiares da faixa etária e podem necessitar protocolos específicos se não responderem bem ao protocolo padrão. Quadro clínico Hematológico o Metahemoglobinemia o Hemólise Essas alterações podem ser detectadas pelos testes hematológicos e pode ser suspeitada pelo aspecto visual do sangue. Metahemoglobinemia é um achado comum em infantes maiores de um ano. As crianças podem ser mais susceptíveis à perda de efetividade da hemoglobina, por causa da relativa anemia, metabolismo mais acelerado e maior sensibilidade à hipóxia, quando comparados aos adultos. Os idosos, por terem capacidade vital reduzida, apresentam maior vulnerabilidade. Pacientes com patologias concomitantes, tendem a apresentar sintomatologia mais exuberante com metahemoglobinemia em menor percentagem. Nível de Metahemoglobinemia Sinais e sintomas esperados 30 a 50% Cefaléia - Taquicardia Fadiga - Taquipnéia Tontura 50 a 70% Estupor – Bradicardia Depressão Respiratória – Arritmias Distúrbio Ácido-básico 60 a 70% Perda de Consciência Coma Parada Cardíaca Óbito Quando os níveis de metahemoglobina estão entre 15 e 30%, a pele do paciente se torna azulada, cor da metahemoglobina, não necessariamente sinal de quantidade inadequada de oxigênio no sangue. A cor do sangue é amarronzada. A metahemoglobinemia que ultrapassa os 70% é potencialmente letal se não tratada. A anemia hemolítica aguda ou tardia (2 a 7 dias), causada pela destruição das hemácias, também pode ocorrer como conseqüência à exposição ao resorcinol. Cardiovascular Pela hipóxia conseqüente aos efeitos hematológicos, o paciente pode apresentar: o Taquicardia o Hipotensão o Arritmias o Bloqueio de ramo o Insuficiência cardíaca congestiva aguda o Colapso cardiovascular o Distúrbio metabólico grave Sistema Nervoso Central Os efeitos a nível do SNC geralmente são transitórios e aparecem como conseqüência à hipoxemia. São os mais observados: o Cefaléia o Confusão mental o Tinido o Letargia o Desorientação o Tontura o Alteração de marcha o Letargia o Convulsões o Perda da consciência o Coma Renal As alterações renais ocorrem como conseqüência da excreção hematológica. Pode-se observar: o Urina com odor de amêndoas o Disúria o Hematúria o Metahemoglobinúria o Oligúria o Anúria o Insuficiência renal aguda o Irritação da parede de bexiga o Ulceração renal Cutânea Efeitos sistêmicos podem ocorrer como conseqüência da exposição cutânea. Pacientes com metahemoglobinemia podem ter a aparência cinzenta, bronzeada ou azulada. Observa-se, após contato cutâneo: o Dermatite leve a moderada o Hipersensibilização o Queimadura o Cianose – metahemoglobinemia acima de 15% o Cianose labial o Cianose em polpas digitais o Confusão mental o Crise convulsiva o Tontura o Cefaléia o Perda da consciência o Coma Oftálmica O resorcinol pode causar: o Irritação o Lacrimejamento o Conjuntivite o Ceratite o Úlcera de córnea Gastrointestinal o Queimadura em cavidade oral o Odinofagia o Náuseas o Vômitos o Dor abdominal o Queimaduras de TGI o Cianose labial o Cianose em polpas digitais o Confusão mental o Crise convulsiva o Tosse o Tontura o Cefaléia o Perda da consciência o Coma Respiratória o Tosse o Dificuldade respiratória o Broncoespasmo o Queimadura de vias aéreas o Queimadura pulmonar o Edema agudo de pulmão o Falência respiratória o Náuseas o Vômitos o Dor abdominal o Queimaduras de TGI o Cianose labial o Cianose em polpas digitais o Confusão mental o Crise convulsiva o Tosse o Tontura o Cefaléia o Perda da consciência o Coma A oximetria de pulso vai ser prejudicada pela metahemoglobinemia. Vai haver leitura errada pelo oxímetro, que vai mostrar níveis mais elevados que o real. Para avaliação adequada deve-se colher sangue arterial para hemogasometria. As crianças tendem a ser mais vulneráveis pela maior área pulmonar proporcional, associada à dificuldade de evasão do local contaminado. Potenciais Seqüelas As seqüelas ocorrem como conseqüência das lesões agudas produzidas pela hipoxemia a nível encefálico, cardíaco, hepático e renal. Exposição Crônica O contato crônico pode causar: o Anemia o Cefaléia o Tremores o Lesão cardíaca, renal e hepática – conseqüente à hemólise A exposição crônica pode ser mais grave nas crianças, pelo potencial de maior período de latência. Carcinogenicidade Não há relatos de carcinogenicidade para humanos. Efeitos Sobre a Reprodução e Desenvolvimento Não há relatos de alterações em humanos.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
Atenção O resorcinol é irritante para olhos, pele e mucosas e pode causar efeitos sistêmicos. Efeitos esses que incluem metahemoglobinemia e hemólise. Depressão do SNC e colapso cardiovascular também podem ocorrer, mas geralmente conseqüentes à hipoxemia. O tratamento imediato para a intoxicação por resorcinol consiste em redução de contaminação, suporte cárdio respiratório e utilização do Azul de Metileno. Oxigênio suplementar e sintomáticos devem ser administrados. Azul de Metileno – antídoto para a metahemoglobinemia – deve ser administrado assim que possível. Não há dados suficientes para estimativa da dose tóxica mínima. A dose média letal para um adulto varia entre 1 a 5 gramas. Neonatos, infantes e crianças tendem a ser mais susceptíveis a doses menores. Zona Quente Deve haver treinamento e equipamento de proteção adequada para que a equipe entre na zona de risco. Proteção para o Socorrista Não esquecer que o RESORCINOL pode ser absorvido pelas vias de exposição. Respiratória - Há necessidade de uso de máscara autônoma. Cutânea – Há necessidade do uso de vestes que garantam a proteção química da pele. Suporte Básico de Vida Acesso imediato à via aérea do paciente. Se houver suspeita de trauma associado, manter imobilização da coluna cervical. Assim que possível posicionar um colar cervical e manter o paciente imobilizado sobre prancha rígida. Assegurar boa respiração e circulação. Se a vítima puder andar, orientá-la para a saída imediata da zona de descontaminação. Em caso da impossibilidade da mesma andar, removê-la em maca, liteira, amparada ou carregada. A vítima deve ser orientada a fazer o mínimo de movimento possível, pois a hipoxemia causada pela metahemoglobinemia pode ser exacerbada pelos esforços físicos.
AREAS DE DESCONTAMINAÇÃO:
As vítimas de exposição ao resorcinol, que não apresentam o produto sobre o corpo e que não têm irritação cutânea ou oftálmica, não necessitam redução de contaminação e devem ser transferidas imediatamente para a zona de atendimento médico. Todas as outras vítimas requerem descontaminação. Os socorristas nessa área – se os níveis de contaminação forem considerados baixos e seguros – não necessitam de equipamentos de proteção tão pesados como os da zona quente. Suporte Básico de Vida Permeabilizar vias aéreas, garantir ventilação e circulação adequadas. Se há suspeita de trauma, imobilizar a coluna cervical e posicionar o mais rápido possível, um colar cervical e colocar o paciente na prancha rígida – se não houver sido realizado anteriormente. Administrar oxigênio complementar – 6 l/minuto – com máscara com bolsa se necessário. Redução de Contaminação A redução de contaminação imediata é de importância vital e crítica. Aqueles que estiverem conscientes e andando podem ser responsáveis pela própria redução de contaminação, orientados a não realizarem esforços além do necessário, por causa do risco de exacerbação da hipoxemia. Despir ou cortar vestes contaminadas e isolá-las em sacos plásticos duplos e lacrados. Incluir roupas íntimas: o paciente deve ficar completamente despido. A importância disso reside no fato de que o produto que se mantiver em contato com o corpo por intermédio das roupas íntimas vai continuar como agente contaminante ativo e atuante, aumentando a absorção. Simultaneamente ao ato de despir o paciente, iniciar redução de contaminação com água corrente ou soro de forma abundante, por pelo menos 15 minutos. Molhar completamente o paciente – incluindo cabeça – passar sabão neutro e enxaguar por mais 15 minutos. Cuidado com hipotermia, principalmente quando se tratar de crianças e idosos. Se necessário utilizar cobertores ou mantas. Utilizar água com temperatura entre 37 e 42°C. Pacientes vítimas de exposição oftálmica devem ser submetidos à irrigação com água corrente por um período mínimo de 15 minutos. Em caso de haver a presença de lentes de contato essas devem ser retiradas de forma cuidadosa, para que não haja trauma secundário. Continuar irrigação durante todo o processo de descontaminação e enquanto houver sintomatologia até a chegada na zona de atendimento médico. Em caso de ingestão, NÃO induzir ao vômito. As vítimas que estiverem conscientes devem receber, via oral, 200 a 300ml de água ou leite para diluição do produto. O carvão ativado, na dose 1 g/kg pode ser administrada. Em adultos, a dose usual é de 60 a 90 g e nas crianças 25 a 50g e nos menores de 1 ano, a dose é de 1g/Kg. Transferência para Zona de Atendimento em Campo Assim que houver terminado a redução de contaminação, transferir a vítima para a zona de atendimento médico.
ZONA DE ATENDIMENTO:
Assegurar-se de que houve a redução de contaminação adequada. Em caso negativo, descontaminar conforme descrito anteriormente. As vítimas já descontaminadas ou expostas apenas ao gás, não constituem riscos para os socorristas. Não há necessidade de uso de roupas de proteção especiais por parte dos socorristas. Permeabilizar via aérea imediatamente. Em caso de suspeita de trauma, manter imobilização de coluna cervical com colar e prancha rígida se não houver sido realizado anteriormente. Garantir boa ventilação e circulação, fornecendo oxigênio suplementar via máscara com bolsa se necessário. Acesso venoso calibroso. Monitorização cardíaca. Nos casos de Metahemoglobinemia com níveis baixos de metahemoglobina, a coloração da pele não é um bom indicador para avaliação da hipoxemia ou perfusão inadequada, pois a aparente cianose não é causada pela hipoxemia real, mas sim pela pigmentação da metahemoglobina. Realizar hemogasometria arterial e dosagem da metahemoglobina. Se necessário, repetir a descontaminação cutânea ou oftálmica. Não induzir ao vômito nos casos de ingestão. Se vítima alerta e consciente, administrar 200 a 300 ml de água e carvão ativado na dose de 1 g/kg (60 a 90 g no adulto e 25 a 50 g na criança). Tratamento Avançado Certificar-se de que houve a descontaminação adequada anteriormente. Não há necessidade de roupa de proteção especial para a equipe de atendimento. Continuar irrigando pele e olhos expostos. No caso de ingestão não induzir ao vômito, administrar 200 a 300ml de água e carvão ativado se vítima consciente. Em caso de comprometimento respiratório, assegurar via aérea com entubação ou cricotireoidostomia. Garantir boa ventilação e circulação, fornecendo oxigênio suplementar via máscara com bolsa se necessário. Acesso venoso calibroso. Monitorização cardíaca. Tratar pacientes com broncoespasmo com broncodilatadores aerossóis, pois intoxicações por produtos químicos associados podem levar a uma sensibilização miocárdica e o uso dessas drogas parenterais pode elevar o risco de toxicidade ao órgão. A intoxicação pelo resorcinol isoladamente não mostrou efeito sinérgico de toxicidade quando associado ao uso de broncodilatadores parenterais. Pacientes em coma, hipotensos ou crises convulsivas, devem ser tratados conforme protocolos específicos de suporte avançado de vida (ALS). Antídoto Inexiste antídoto para intoxicação pelo resorcinol. Para tratamento da metahemoglobinemia utiliza-se o Azul de Metileno. Administrar para os pacientes que apresentam quadro cárdio respiratório . A dose preconizada por via venosa é 1 a 2 mg de azul de metileno por kg de peso (0,1 a 0,2 ml/kg da solução a 1%), infundido em 5 a 10 minutos e repetido após uma hora se necessário. A resposta clínica ocorre entre 30 a 60 minutos. A dose total nas 24 horas não deve exceder a 7 mg/kg, pois o azul de metileno, por si só, pode causar hemólise se em dose elevada (a partir de 4mg/Kg). Considerar a possibilidade de tratamento em câmara hiperbárica para os pacientes que não responderem ao tratamento com azul de metileno. Transporte para Hospital Apenas pacientes descontaminados ou que não requeiram mais descontaminação devem ser transportados para o hospital. Nenhum paciente deve ser transportado contaminado. É um erro básico e coloca toda a equipe em risco. Antes do transporte, o hospital e o médico responsável devem ser comunicados e informados sobre a ocorrência, o tipo de produto envolvido, comoo o paciente foi encontrado as condições do paciente, tratamento recebido na cena e durante o transporte e tempo para chegada no local. Nos casos de ingestão, preparar a ambulância com várias toalhas e sacos descartáveis já abertos para rapidamente limpar e isolar o vômito com conteúdo tóxico. Não esquecer de também se proteger. Múltiplos Casos Os pacientes expostos com a sintomatologia abaixo devem ser transferidos para avaliação médica: 1. Cianose 2. Tontura 3. Cefaléia 4. Irritação cutânea severa 5. História de exposição importante Os outros, após terem sido registrados o nome, endereço e telefone dos mesmos, eles devem ser liberados com orientação de retorno imediato ao serviço em caso de aparecimento sintomatológico.
TRATAMENTO HOSPITALAR:
ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA Atenção O resorcinol é irritante para olhos, pele e mucosas e pode causar efeitos sistêmicos. Efeitos esses que incluem metahemoglobinemia e hemólise. Depressão do SNC e colapso cardiovascular também podem ocorrer, mas geralmente conseqüentes à hipoxemia. O tratamento imediato para a intoxicação por resorcinol consiste em redução de contaminação, suporte cárdio respiratório e utilização do Azul de Metileno. Oxigênio suplementar e sintomáticos devem ser administrados. Azul de Metileno – antídoto para a metahemoglobinemia – deve ser administrado assim que possível. Não há dados suficientes para estimativa da dose tóxica mínima. A dose média letal para um adulto varia entre 1 a 5 gramas. Neonatos, infantes e crianças tendem a ser mais susceptíveis a doses menores. Pela maior área corporal proporcional, há maior absorção pela pele, as crianças tendem a apresentar sintomatologia mais exuberante e grave. Atenção especial deve ser dada à avaliação da cavidade oral das crianças, pois há o hábito nelas de levar a mão à boca, o que pode gerar contaminação sistêmica e lesão local. Suporte Básico Avaliar e abrir vias aéreas. Garantir respiração e circulação, se necessário com entubação ou cricotireoidostomia. Pesquisar por sinais de edema de laringe e comprometimento de vias aéreas. Em caso de broncoespasmo dar preferência a agentes aerossóis, por causa do risco de toxicidade miocárdica em certas exposições químicas múltiplas. Esse efeito é mais observado no paciente idoso. Não há relatos de que o resorcinol, isoladamente, eleve o risco de toxicidade miocárdica quando associado aos broncodilatadores parenterais. No caso de exposição oftálmica – pacientes ainda sintomáticos – irrigar os olhos com solução fisiológica por pelo menos 15 minutos. Remover cuidadosamente lentes de contato se presentes e se ainda não removidas, observando para não causar trauma secundário. Continuar irrigação até a chegada do paciente à UTI e avaliação pelo oftalmologista. Ingestão Em caso de ingestão, não induzir ao vômito. A utilização do Xarope de Ipeca não é recomendado pelo potencial de depressão do SNC e de crises convulsivas, além do produto ter comportamento corrosivo. Se consciente e deglutindo, administrar 200 a 300ml de água e carvão ativado na dose preconizada (1 g/kg de peso: adultos 60 a 100 g, crianças 25 a 50g e menores de 1 ano 1g/Kg) se já não houver sido feito anteriormente. A lavagem gástrica pode ser realizada desde que obedeça a alguns critérios: o Após ingestão de dose elevada, potencialmente letal. o Até 1 hora após a ingestão. o Proteção das vias aéreas. o Posição de Trendelemburgo o Decúbito lateral esquerdo o Intubação orotraqueal o Controle do quadro convulsivo precedendo procedimento. Contra indicações para realização da lavagem gástrica: o Perda dos reflexos de proteção das vias aéreas o Diminuição do nível de consciência em pacientes não intubados o Após ingestão de corrosivos o Após ingestão de hidrocarbonetos o Risco de hemorragia do TGI o Risco de perfuração do TGI o Ingestão de dose insignificante o Ingestão de substância atóxica Quadro convulsivo: o Diazepam – 5 a 10mg no adulto, repetidos a cada 10 a 15 minutos, de acordo com a evolução do paciente. Crianças 0.2 a 0.5mg/Kg, repetidos a cada 5 minutos de acordo com a evolução do paciente o Lorazepam – Adulto 2 a 4mg e crianças 0.05 a 0.1mg/Kg. o Fenobarbital – Considerar a possibilidade nos casos em que haja recidiva do quadro convulsivo após 30mg de Diazepam(adultos) ou 10mg nas crianças menores de 5 anos. Monitorar o paciente, pois existe risco de hipotensão, arritmias, depressão respiratória, hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos e hipóxia. Metahemoglobinemia – Administrar endovenosa e lentamente 1 a 2mg/Kg de azul de metileno a 1% nos pacientes sintomáticos. Oximetria de pulso e monitorização cardíaca constantes. Avaliar a necessidade de endoscopia digestiva alta precoce. Inalação Administrar, por Máscara não reinalante, oxigênio suplementar, para os pacientes com alterações respiratórias, mantendo uma FiO2 de pelo menos 85%. Assistir a ventilação de forma cuidadosa. Em caso de broncoespasmo dar preferência a agentes aerossóis associados a corticosteróides via oral ou parenteral. Esse efeito é mais observado no paciente idoso. Cianose persistente mesmo com uso de oxigênio é compatível com o quadro de metahemoglobinemia. Quadro convulsivo: o Diazepam – 5 a 10mg no adulto, repetidos a cada 10 a 15 minutos, de acordo com a evolução do paciente. Crianças 0.2 a 0.5mg/Kg, repetidos a cada 5 minutos de acordo com a evolução do paciente o Lorazepam – Adulto 2 a 4mg e crianças 0.05 a 0.1mg/Kg. o Fenobarbital – Considerar a possibilidade nos casos em que haja recidiva do quadro convulsivo após 30mg de Diazepam(adultos) ou 10mg nas crianças menores de 5 anos. Exposição Oftálmica Certificar-se de que houve descontaminação adequada dos olhos. Testar acuidade visual se houver lesão oftálmica evidente. Avaliar à procura de ceratite. Avaliação pelo oftalmologista imediatamente para os que estiverem sintomáticos. Reavaliação após 24 horas. Exposição cutânea Assegurar-se de que houve a descontaminação adequada. Em caso negativo, proceder como descrito anteriormente. Em caso de dermatite, pode-se lançar mão de terapia antihistamínica tópica ou sistêmica. Se paciente se mantém sintomático e cianótico, sugere quadro de metahemoglobinemia e deve-se utilizar o azul de metileno. Queimaduras devem ser tratadas como térmicas.
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
Atenção O resorcinol é irritante para olhos, pele e mucosas e pode causar efeitos sistêmicos. Efeitos esses que incluem metahemoglobinemia e hemólise. Depressão do SNC e colapso cardiovascular também podem ocorrer, mas geralmente conseqüentes à hipoxemia. O tratamento imediato para a intoxicação por resorcinol consiste em redução de contaminação, suporte cárdio respiratório e utilização do Azul de Metileno. Oxigênio suplementar e sintomáticos devem ser administrados. Azul de Metileno – antídoto para a metahemoglobinemia – deve ser administrado assim que possível. Não há dados suficientes para estimativa da dose tóxica mínima. A dose média letal para um adulto varia entre 1 a 5 gramas. Neonatos, infantes e crianças tendem a ser mais susceptíveis a doses menores. Pela maior área corporal proporcional, há maior absorção pela pele, as crianças tendem a apresentar sintomatologia mais exuberante e grave. Atenção especial deve ser dada à avaliação da cavidade oral das crianças, pois há o hábito nelas de levar a mão à boca, o que pode gerar contaminação sistêmica e lesão local. Suporte Básico Avaliar e abrir vias aéreas. Garantir respiração e circulação, se necessário com entubação ou cricotireoidostomia. Pesquisar por sinais de edema de laringe e comprometimento de vias aéreas. Em caso de broncoespasmo dar preferência a agentes aerossóis, por causa do risco de toxicidade miocárdica em certas exposições químicas múltiplas. Esse efeito é mais observado no paciente idoso. Não há relatos de que o resorcinol, isoladamente, eleve o risco de toxicidade miocárdica quando associado aos broncodilatadores parenterais. Ingestão Em caso de ingestão, não induzir ao vômito. A utilização do Xarope de Ipeca não é recomendado pelo potencial de depressão do SNC e de crises convulsivas. Se consciente e deglutindo, administrar 200 a 300ml de água e carvão ativado na dose preconizada (1 g/kg de peso: adultos 60 a 100 g, crianças 25 a 50g e menores de 1 ano 1g/Kg) se já não houver sido feito anteriormente. A lavagem gástrica pode ser realizada desde que obedeça a alguns critérios: o Após ingestão de dose elevada, potencialmente letal. o Até 1 hora após a ingestão. o Proteção das vias aéreas. o Posição de Trendelemburgo o Decúbito lateral esquerdo o Intubação orotraqueal o Controle do quadro convulsivo precedendo procedimento. Contra indicações para realização da lavagem gástrica: o Perda dos reflexos de proteção das vias aéreas. o Diminuição do nível de consciência em pacientes não intubados. o Após ingestão de corrosivos. o Após ingestão de hidrocarbonetos. o Risco de hemorragia do TGI. o Risco de perfuração do TGI. o Ingestão de dose insignificante. o Ingestão de substância atóxica. Quadro convulsivo: o Diazepam – 5 a 10mg no adulto, repetidos a cada 10 a 15 minutos, de acordo com a evolução do paciente. Crianças 0.2 a 0.5mg/Kg, repetidos a cada 5 minutos de acordo com a evolução do paciente o Lorazepam – Adulto 2 a 4mg e crianças 0.05 a 0.1mg/Kg. o Fenobarbital – Considerar a possibilidade nos casos em que haja recidiva do quadro convulsivo após 30mg de Diazepam(adultos) ou 10mg nas crianças menores de 5 anos. Monitorar o paciente, pois existe risco de hipotensão, arritmias, depressão respiratória, hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos e hipóxia. Metahemoglobinemia – Administrar endovenosa e lentamente 1 a 2mg/Kg de azul de metileno a 1% nos pacientes sintomáticos. Oximetria de pulso e monitorização cardíaca constantes. Avaliar a necessidade de endoscopia digestiva alta precoce. Inalação Administrar, por Máscara não reinalante, oxigênio suplementar, para os pacientes com alterações respiratórias, mantendo uma FiO2 de pelo menos 85%. Assistir a ventilação de forma cuidadosa. Em caso de broncoespasmo dar preferência a agentes aerosóis associados a corticosteróides via oral ou parenteral. Esse efeito é mais observado no paciente idoso. Cianose persistente mesmo com uso de oxigênio é compatível com o quadro de metahemoglobinemia. Quadro convulsivo: o Diazepam – 5 a 10mg no adulto, repetidos a cada 10 a 15 minutos, de acordo com a evolução do paciente. Crianças 0.2 a 0.5mg/Kg, repetidos a cada 5 minutos de acordo com a evolução do paciente o Lorazepam – Adulto 2 a 4mg e crianças 0.05 a 0.1mg/Kg. o Fenobarbital – Considerar a possibilidade nos casos em que haja recidiva do quadro convulsivo após 30mg de Diazepam(adultos) ou 10mg nas crianças menores de 5 anos. A endoscopia digestiva alta deve ser realizada o mais precocemente possível, quando houver indicação. Exposição Oftálmica Certificar-se de que houve descontaminação adequada dos olhos. Testar acuidade visual se houver lesão oftálmica evidente. Avaliar à procura de ceratite. Avaliação pelo oftalmologista imediatamente para os que estiverem sintomáticos. Reavaliação após 24 horas. Exposição cutânea Assegurar-se de que houve a descontaminação adequada. Em caso negativo, proceder como descrito anteriormente. Em caso de dermatite, pode-se lançar mão de terapia antihistamínica tópica ou sistêmica. Se paciente se mantém sintomático e cianótico, sugere quadro de metahemoglobinemia e deve-se utilizar o azul de metileno. Queimaduras devem ser tratadas como térmicas. Antídotos e Outros Tratamentos Azul de Metileno – deve ser considerado para os pacientes que apresentem sinais e sintomas de hipoxemia (não apenas cianose) ou pacientes com metahemoglobinemia acima de 30%. A cianose isoladamente não requer o uso do azul de metileno. O azul de metileno não é efetivo nos pacientes portadores de deficiência de G6PD, além do que, seu uso ainda pode desencadear hemólise. A dose preconizada do azul de metileno: o 1 a 2 mg/kg de peso corporal (0.1 a 0.2 ml/kg da solução a 1%) o Uso venoso, infundido em 5 a 10 minutos o Repetir após 1 hora, se necessário o A dose total nas 24 horas não deve exceder a 7 mg/kg (doses maiores que 4 mg/kg podem induzir hemólise) A resposta à terapêutica normalmente é observada dentro de 30 a 60 minutos após a administração do azul de metileno. Efeitos colaterais mais comumente observados: 1. Náuseas 2. Vômitos 3. Dor abdominal 4. Dor torácica 5. Tontura 6. Disúria 7. Diaforese Considerar oxigenioterapia hiperbárica para os pacientes refratários ao azul de metileno. Avaliar a necessidade do uso de exsanguíneo transfusão para os pacientes severamente intoxicados e com deterioração clínica, a despeito de todo o suporte terapêutico adequado. O uso venoso do ácido ascórbico para os intoxicados severamente ainda não teve a sua eficácia comprovada.
EXAMES COMPLEMENTARES:
o Hemograma o Glicemia o Dosagem de eletrólitos o Função renal o Função hepática o Dosagem da metahemoglobinemia – repetido a intervalos regulares nas 24 horas para avaliação da resposta à terapêutica o Raios X de tórax o ECG o Hemogasometria arterial A metahemoglobinemia pode ser avaliada à cabeceira do paciente pela coloração cutânea característica marrom achocolatada. Níveis de metahemoglobinemia acima de 10% podem ser detectados pela comparação de uma gota de sangue suspeita e uma gota normal, pingadas sobre um filtro de papel ou gaze.
EFEITOS RETARDADOS:
A hemólise pode ocorrer após 24 horas ou mais após a exposição. Observar pacientes internados por sinais de insuficiência renal aguda ou arritmias.
LIBERAÇÃO DO PACIENTE:
Os pacientes expostos devem ser mantidos em observação por um período de 6 a 12 horas, para detectar a metahemoglobinemia retardada. Aqueles pacientes que permanecerem assintomáticos após o período de observação, podem ser liberados, orientados a retornarem ao serviço em caso de aparecimento de sintomas. O fumo pode exacerbar a lesão pulmonar – mesmo a leve – e deve-se manter abstinência por pelo menos 72 horas após a exposição. Seguimento Monitorar pacientes expostos de forma significante (determinada pelos níveis de metahemoglobinemia), a procura de efeitos de hipóxia e hemólise. Uma crise hemolítica pode ocorrer 2 a 7 dias após a metahemoglobinemia. Fígado, rins,e coração podem apresentar alterações secundárias à hemólise. Pacientes com lesão corneana devem ser reavaliados pelo oftalmologista após 24 horas.
REFERÊNCIAS:
Material pesquisado por: Médico do PAME Dr.Claudio Azoubel Filho. Referências da Pesquisa: Ver arquivo Técnico no PAME. Período da Pesquisa: 2009. BAMEQ Atualizado em: 2017.
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