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Fluxograma:
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NOME DO PRODUTO:
NOME EM INGLÊS:
Sinonimia:
P-CLOROPHENIL ESTER; BENZENO, 1-CLORO-4-ISOCOANATO; 4-CLOROFENIL ISOCIANATO; PCPI; 4-CHOROPHENYL ISOCYANATE; 4-CHOROISOCYANATOBENZENE.
Código da ONU
Código CAS
Código NIOSH
COMPOSIÇÃO DO PRODUTO:
C7H4ClNO
DESCRIÇÃO DO PRODUTO:
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS:
Peso molecular: 153.57 Dalton Pressão de vapor: 95.4mmHg a 20°c. Aparência: Sólido branco. Ponto de ebulição (760mmHg): 115 a 117°c a 45mmHg. Ponto de Fusão: 30 a 31°c. Ponto de ignição:110°c. Solubilidade em água: Não miscível. Solubilidade: Solúvel em solventes orgânicos. Densidade relativa do líquido (ou sólido): 1.25g/cm a 40°c (sólido). UTILIZAÇÃO Utilizado como matéria prima para herbicidas.
Classificação NFPA
0= Minimo
1= Leve
2= Moderado
3= Serio
4= Severo
Saúde:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Inflamabilidade:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Reatividade:
Minimo
Leve
Moderado
Serio
Severo
Riscos Especiais:
INFORMAÇÕES GERAIS:
É produzido pela reação da para-cloroanilina com ácido clorídrico anidro e fosgênio. Pode explodir no processo de destilação. Quando submetido ao aquecimento emite fumaça tóxica de ácido clorídrico, ácido cianídrico e óxido de nitrogênio. É irritante para vias aéreas, pele e olhos.
VIAS DE EXPOSIÇÃO:
Todas as quatro principais vias de exposição podem ser utilizadas pelo ácido isociânico:
EFEITOS PARA A SAUDE:
Atenção • Assume-se que as medidas de suporte básico de vida foram realizadas. • Em contato com a pele,pode causar dermatites • O vapor é altamente irritante para as membranas mucosas dos olhos. • O vapor também é irritante para vias aéreas e pulmões. • Pessoas com histórico de asma, atopia ou disfunções respiratórias podem ser mais susceptíveis. • Pode ser difícil classificar uma substância como irritante ou corrosiva numa particular concentração. Para que ela possa ser classificada como irritante ou corrosiva depende de alguns fatores: Natureza da substância. Concentração. Viscosidade. pH. Tempo de exposição. Molaridade. Potencial de óxido-redução. Afinidade iônica, etc. • Irritantes são sustâncias que causam inflamação e edema, mas não morte celular e lesão tecidual. As corrosivas causam morte celular e lesão tecidual. EXPOSIÇÃO AGUDA Digestiva o Irritação de mucosa oral. o Náuseas. o Vômitos. o Diarréia. o Esofagite. Respiratória o Tosse. o Rinorréia. o Rouquidão. o Dispnéia. o Taquipnéia. o Broncoespasmo. o Dor torácica. o Lesão de mucosa respiratória. o Lesão pulmonar aguda. o Cefaléia Cutânea e mucosa o Dermatite. o Hipersensibilidade o Eritema. Oftálmica o Conjuntivite. o Ceratite. o Fotofobia. o Lacrimejamento. Neurológica o Cefaléia. Carcinogenicidade e teratogenicidade Há relatos de desenvolvimento de neoplasias sinonasais associadas à exposição ao ácido isociânico.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR:
Zona Quente Deve haver treinamento e equipamento de proteção adequada para que a equipe entre na zona de risco. Proteção para o Socorrista Respiratória - Pela produção de fumaça tóxica e potencialmente corrosiva, há necessidade de proteção respiratória pelo uso de máscara autônoma. Cutânea – Pela produção de fumaça tóxica e potencialmente corrosiva, há necessidade de vestes que garantam a proteção química da pele. Suporte Básico de Vida Retirada imediata da vítima do local sinistrado. Acesso imediato à via aérea do paciente. Se houver suspeita de trauma associado, manter imobilização da coluna cervical. Assim que possível posicionar um colar cervical e manter o paciente imobilizado sobre prancha rígida. Assegurar boa respiração e circulação. Se a vítima puder andar, orientá-la para a saída imediata da zona de contaminação. Em caso da impossibilidade da mesma andar removê-la em maca, liteira, amparada ou carregada.
AREAS DE DESCONTAMINAÇÃO:
Zona de Descontaminação As vítimas de exposição ao ácido isociânico sob forma de fumaça e que não têm irritação cutânea ou oftálmica, não necessitam descontaminação e devem ser transferidas imediatamente para a zona de atendimento médico se estiverem sintomáticas ou se houver história de exposição importante. Os socorristas nessa área – com nível de contaminação baixo – não necessitam de equipamentos de proteção tão pesados como os da zona quente. Suporte Básico de Vida Permeabilizar vias aéreas, garantir ventilação e circulação adequadas. Se há suspeita de trauma, imobilizar a coluna cervical. Administrar oxigênio complementar – 6 l/minuto – por máscara com bolsa se necessário. Em caso de trauma associado, administrar 15 l/min de oxigênio (10 l/min para crianças). Descontaminação Aqueles que estiverem conscientes e andando podem ser responsáveis pela própria descontaminação. Despir ou cortar vestes contaminadas e isolá-las em sacos plásticos duplos e lacrados. Incluir roupas íntimas: o paciente deve ficar completamente despido. A importância disso reside no fato de que o produto que se mantiver em contato com o corpo por intermédio das roupas íntimas vai continuar como agente contaminante ativo e atuante. Simultaneamente ao ato de despir o paciente, iniciar descontaminação com água corrente de forma abundante em corpo e cabelos, por pelo menos 15 minutos, ensaboar com sabão neutro e repetir o enxágüe por mais 15 minutos. Cuidado com hipotermia, principalmente quando se tratar de crianças e idosos. Pacientes vítimas de exposição oftálmica devem ser submetidos à irrigação com água corrente ou soro fisiológico por um período mínimo de 15 minutos. Em caso de haver a presença de lentes de contato essas devem ser retiradas de forma cuidadosa, para que não haja trauma secundário. Continuar irrigação durante todo o processo de descontaminação. Colírios anestésicos podem ser utilizados para diminuir a dor e o blefaroespasmo e, conseqüentemente, aumentar a eficiência da irrigação oftálmica. Transferência para Zona de Atendimento Assim que houver terminado a descontaminação, transferir a vítima para a zona de atendimento médico.
ZONA DE ATENDIMENTO:
Assegurar-se de que houve a descontaminação adequada. Em caso negativo, descontaminar conforme descrito anteriormente. As vítimas já descontaminadas ou expostas apenas à forma de vapor não constituem riscos para os socorristas. Permeabilizar via aérea imediatamente. Em caso de suspeita de trauma, manter imobilização de coluna cervical com colar e prancha rígida. Garantir boa ventilação e circulação, fornecendo oxigênio suplementar via máscara com bolsa se necessário. Acesso venoso calibroso. Monitorização cardíaca. Oximetria de pulso. Se os olhos continuam irritados, continuar com a descontaminação oftálmica com solução salina até a interrupção dos sintomas ou até a transferência do paciente. O uso de colírio anestésico pode ajudar na melhora da dor e conseqüentemente na elevação da efetividade da descontaminação. Em caso de ingestão, NÃO induzir ao vômito. As vítimas que estiverem conscientes e sem comprometimento respiratório devem ingerir de 120 a 240ml de água ou leite na tentativa de diluição (não neutralização) do produto. Não administrar carvão ativado, pois pode produzir vômitos e vai impossibilitar a endoscopia. Realização imediata da endoscopia digestiva alta. Tratamento Avançado Em caso de comprometimento respiratório, assegurar via aérea com entubação ou cricotireoidostomia. Tratar pacientes com broncoespasmo com agonista beta 2 inalatório e corticóide parenteral ou oral. Pacientes em coma, hipotensos, com arritmia ou crises convulsivas, devem ser tratados conforme protocolos específicos de suporte avançado de vida (ALS). A dermatite geralmente se resolve com a descontaminação. Transporte para Hospital Apenas pacientes descontaminados ou que não requeiram descontaminação devem ser transportados para o hospital. Antes do transporte o hospital e o médico responsável devem ser comunicados. Nos casos de ingestão, preparar a ambulância com várias toalhas e sacos descartáveis já abertos para rapidamente limpar e isolar o vômito com conteúdo tóxico. Não esquecer de também se proteger. Múltiplos Casos Vítimas que tenham apenas tido contato leve com a substância e estejam completamente assintomáticas, podem ser liberadas após terem tido nomes, endereços e telefones catalogados, com orientação precisa de como se comportar em caso da mínima sintomatologia. Muito provavelmente não haverá complicações. Em casos de inalação sintomática, transportar imediatamente a vítima. Em caso de ingestão, transportar imediatamente para hospital, tomando as devidas precauções para evitar exposição em caso de vômitos.
TRATAMENTO HOSPITALAR:
ATENDIMENTO NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA E UTI Atenção • Assume-se que as medidas de suporte básico de vida foram realizadas. • Em contato com a pele,pode causar dermatites • O vapor é altamente irritante para as membranas mucosas dos olhos. • O vapor também é irritante para vias aéreas e pulmões. • Pessoas com histórico de asma, atopia ou disfunções respiratórias podem ser mais susceptíveis. • Pode ser difícil classificar uma substância como irritante ou corrosiva numa particular concentração. Para que ela possa ser classificada como irritante ou corrosiva depende de alguns fatores: Natureza da substância. Concentração. Viscosidade. pH. Tempo de exposição. Molaridade. Potencial de óxido-redução. Afinidade iônica, etc. • Irritantes são sustâncias que causam inflamação e edema, mas não morte celular e lesão tecidual. As corrosivas causam morte celular e lesão tecidual. • Não existem antídotos para intoxicação pelo ácido isociânico. Suporte Básico Avaliar e abrir vias aéreas. Garantir respiração e circulação, se necessário com entubação ou cricotireoidostomia. Em caso de broncoespasmo com agonista beta 2 inalatório e corticóide parenteral ou oral. Caso o paciente não tenha sido descontaminado anteriormente e houver indicação, iniciar imediatamente a descontaminação conforme orientado acima. No caso de exposição oftálmica – pacientes ainda não descontaminados e sintomáticos – irrigar os olhos com água corrente ou solução fisiológica por pelo menos 15 minutos. Remover cuidadosamente lentes de contato se presentes, observando para não causar trauma secundário. Continuar irrigação até a chegada do paciente à UTI se a vítima se mantiver sintomática. Um anestésico pode ser necessário para aliviar o blefaroespasmo e retratores palpebrais podem ser utilizados para exposição e descontaminação adequadas. Tratamento Ingestão Descontaminação de mucosa: se não houver comprometimento respiratório, diluir o produto ingerido com 120 a 240 ml de água ou leite ingeridos pelo paciente. O volume não deve ser maior que 120ml na criança e 240ml no adulto. A indução hemética não é recomendada. Pela capacidade irritante do produto não se estimula o vômito. Embora se saiba da capacidade irritante, não há como assegurar que não vai ocorrer um efeito corrosivo e destrutivo. É mandatória a endoscopia precoce – nas primeiras 24 horas - para avaliação das lesões se a ingestão foi deliberada, se houver sintomatologia persistente, lesões no lábio ou na boca ou história de ingesta de grande quantidade. Nas crianças a indicação da EDA é direcionada pela história de ingestão associada à presença de estridor, vômitos, hipersialorréia, disfagia, odinofagia, queimaduras significativas na cavidade oral ou dor abdominal. Havendo confirmação de lesão em aparelho digestivo, realizar estudo contrastado do TGI 20 dias após EDA. Corticoterapia: não há dados na literatura que corroborem ou contra indiquem o seu uso. Não utilizar o carvão ativado, pois além de indutor hemético ele vai impossibilitar a endoscopia. Convulsões – Administrar Benzodiazepínico EV. Diazepam (Adulto: 5 a 10mg, repetindo a cada 10 a 15 minutos, de acordo com a necessidade; Criança: 0,2 a 0,5 mg/Kg, repetindo a cada 5 minutos de acordo com a necessidade). Considerar a utilização do Fenobarbital se houver recorrência das crises convulsivas após administração de 30mg e 10mg nos adultos e crianças maiores que 5 anos respectivamente. Monitorar hipotensão, arritmias, depressão respiratória, hipoglicemia, distúrbios eletrolíticos, etc. tratando de acordo com os protocolos de SAV. Inalação Remover o paciente para local fresco e ventilado. Oxigenioterapia – 6 litros/minuto Monitorar o paciente com atenção para o aparecimento de desconforto respiratório, tosse persistente, bronquite ou pneumonite. Intubação e ventilação com PEEP se indicados - precocemente. Nos casos de broncoespasmo, utilizar drogas agonistas Beta 2 e corticoterapia oral ou parenteral. Oximetria de pulso contínua. Observar o aparecimento de sintomatologia sistêmica e tratar de acordo com a evolução. Oftálmica Irrigar olhos expostos com água em abundância na temperatura ambiente ou solução fisiológica por 15 minutos. O ponto de suspensão da irrigação é quando houver melhora ou remissão da sintomatologia. Em caso de manutenção dos sintomas, o oftalmologista deve ser acionado para avaliação imediata. Alguns casos de exposição a álcalis podem necessitar de descontaminação prolongada. Cutânea A remoção de vestes e objetos pessoais contaminados e a descontaminação imediata são mandatórias. A dermatite geralmente se resolve com a descontaminação e é improvável a complicação sistêmica. Não esquecer de descontaminar cabelos e unhas. Tratar a área irritada ou queimaduras com terapia tópica. Pode haver a necessidade de uso de antihistamínicos ou corticoterapia tópica e/ou sistêmica.
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA:
EXAMES COMPLEMENTARES:
Exames Complementares Mínimos • Hemograma • Bioquímica • Eletrólitos • Hemogasometria arterial • Rx tórax
EFEITOS RETARDADOS:
LIBERAÇÃO DO PACIENTE:
Pacientes expostos ao ácido isociânico, sem história de exposição importante e assintomáticos, podem ser liberados após identificação completa e orientação detalhada.
REFERÊNCIAS:
Material pesquisado por: Médico do PAME Dr.Claudio Azoubel Filho. Referências da Pesquisa: Ver arquivo Técnico no PAME. Período da Pesquisa: 2009. BAMEQ Atualizado em: 2017.
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